23 de dezembro de 2020

Pós-bióticos: o futuro da saúde intestinal

Nos últimos anos, alguns produtos surgiram no mercado com a finalidade de modular a saúde intestinal. Modular a saúde intestinal significa fornecer condições necessárias para que o intestino funcione em favor do hospedeiro. Nesse cenário, surge o conceito de microbiota intestinal, que é definida como o conjunto de microrganismos (bactérias, vírus e fungos) que habitam em o intestino. A microbiota intestinal é de extrema importância quando falamos em saúde intestinal, já que a permanência desses microrganismos no intestino é capaz trazer benefícios para o organismo todo.

Dentre os produtos voltados para saúde intestinal, destacam-se os probióticos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, probióticos são definidos como ‘’microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades suficientes oferecem benefício à saúde do hospedeiro’’. Centenas de produtos fornecem tipos diferentes de bactérias e leveduras, ou a associação de diferentes probióticos para trazer benefícios que vão de melhora de constipação intestinal até produção de neurotransmissores -substâncias produzidas pelo cérebro e responsáveis por transmitirem mensagens de agitação ou relaxamento, por exemplo.

Os prebióticos são substâncias que não são digeridas pelo trato gastrointestinal, e assim, podem ser consumidas por pelas bactérias que habitam o intestino. Chamadas também de fibras não digeríveis, são encontradas em alimentos como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e outras fontes alimentares. Muitos benefícios das fibras já foram relatados e são bem estabelecidos em estudos científicos, dentre eles melhora do trânsito intestinal e redução dos níveis de colesterol.

A modulação intestinal é complexa, visto que o objetivo principal é promover sinergia e equilíbrio suficientes para que haja um balanço entre bactérias promovedoras de benefícios, e bactérias deletérias, quantidades suficientes e constantes de fibra. Além disso, outros fatores também são importantes, como: consumo moderado de açúcares, conservantes e adoçantes e estresse. Todo esse sinergismo tem como objetivo favorecer a produção de algumas substâncias que são as responsáveis pelos benefícios atribuídos a uma microbiota intestinal saudável. Essas substâncias são chamadas de pós-bióticos, e como o próprio nome sugere, são substâncias que ficam disponíveis após o consumo de fibras e prebióticos pelas bactérias ou leveduras, os probióticos.

Dentre os produtos da microbiota intestinal saudável, destacam-se os ácidos graxos de cadeia curta. Aos ácidos graxos de cadeia curta muitos benefícios foram atribuídos, dentre eles ação anti-inflamatória intestinal, melhora de quadros de resistência a insulina, e perda de peso em obesos.

Existem alguns tipos de ácidos graxos de cadeia curta, e o butirato ganhou notoriedade nos últimos anos, e é apontado por alguns cientistas como ‘’a assinatura de um intestino saudável’’. Esta afirmação pode ser facilmente explicada pela quantidade de pré-requisitos necessários para que o intestino consiga produzir butirato de maneira suficiente e a longo prazo.

Além disso, o butirato, quando produzido de maneira satisfatória, exerce modulações em diversos tecidos do organismo, não se limita ao trato gastrointestinal. Isso acontece porque o butirato consegue ser absorvido pelas células do intestino (colonócitos), e dessa maneira, chega aos tecidos adiposo, hepático, e muscular. Receptores são substâncias que permitem que uma substância entre dentro de uma célula, e receptores para butirato são encontrados até em células do sistema imunológico, indicando que esse ácido graxo de cadeia curta produzido no intestino é capaz de modular nossa resposta imune.

Uma vantagem que se destaca dos pós-bióticos é eles se apresentam como a substância bioativa, ou seja, pronta para executar suas ações. Isso significa que não há necessidade de todas as etapas anteriores destacadas aqui, de necessidade de fermentação (consumo) de fibras pelas bactérias e leveduras do intestino. Além disso, apresenta segurança para aquelas pessoas que não podem consumir fibras por exemplo, no caso da presença de doenças inflamatórias intestinais, ou probióticos, pela vulnerabilidade clínica.

Corebiome® é composto pela tributirina, ou seja, três moléculas de butirato, e é o primeiro pós-biótico do mercado magistral. Corebiome® surge como uma demanda de mercado, já que nenhuma outra tentativa de tornar o butirato um suplemento para consumo humano teve sucesso. Quando consumido, Corebiome® é absorvido pelas células intestinais (colonócitos) e tem ações de extrema importância:

·         anti-inflamatória: redução de vias de inflamação, sendo de extrema importância no caso das doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e Doença de Crohn e nos casos de disbiose (desequilíbrio de bactérias boas e ruins);

·         o butirato serve de fonte de energia para as células do intestino (colonócitos), permitindo que as células exerçam suas funções da melhor maneira possível;

·         atividade antimicrobiana: o pós-biótico aumenta a quantidade de fatores que dificultam a sobrevivência de microrganismos causadores de doenças ou desconfortos;

·         uma das ações mais importantes do butirato é fortalecer a barreira intestinal – isso significa que o butirato é capaz de diminuir a permeabilidade do intestino, ou o quanto substâncias tóxicas que deveriam permanecer no intestino atravessam a barreira do intestino e chegam à corrente sanguínea.

Além disso, como mencionado acima, o butirato é amplamente estudado sobre suas funções não só no intestino, mas também em outros tecidos como fígado – alguns cientistas apontam que o butirato pode melhorar o quadro de resistência à insulina, condição presente em diabéticos e pré-diabéticos; músculo – pode melhorar a beta-oxidação, processo responsável pela geração de energia dentro das células.

Corebiome® é um produto inédito, inovador, que agrega tecnologia, pesquisa científica e ações que atendem as demandas da saúde de maneira completa e integrativa. Corebiome® é o pós-biótico que vai além do intestino.

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